Cultura indígena: Desconstruindo estereótipos
Hoje me deparei com um vídeo maravilhoso no perfil de Kawhã Pataxó e pensei em como seria rico abrir um debate após um olhar sobre ele com nossas crianças de Fundamental I.
Hoje me deparei com um vídeo maravilhoso no perfil de Kawhã Pataxó e pensei em como seria rico abrir um debate após um olhar sobre ele com nossas crianças de Fundamental I.
Este debate poderá se aprofundar a partir do 4° ano com uma análise da música RETORNO que dá ainda mais força à mensagem extremamente significativa do vídeo.
É um protesto à cerca dessa cultura preconceituosa e estereotipada que foi sendo criada ao longos dos anos dentro e fora de nossas salas de aula.
O uso do sagrado do povo indígena como uma suposta homenagem , mas que na verdade minimiza suas lutas e os transforma em mera fantasia carnavalesca ou uma figura estática, frágil e cercada de estereótipos no dia do índio.
É preciso repensar a forma como apresentamos os indígenas e sua cultura aos nossos alunos e certamente este é um vídeo que ajudará de uma forma incrível!
O uso do sagrado do povo indígena como uma suposta homenagem , mas que na verdade minimiza suas lutas e os transforma em mera fantasia carnavalesca ou uma figura estática, frágil e cercada de estereótipos no dia do índio.
É preciso repensar a forma como apresentamos os indígenas e sua cultura aos nossos alunos e certamente este é um vídeo que ajudará de uma forma incrível!
Os versos da música são claros e fortes.
Ouça mais de uma vez até que tenha internalizado a mensagem e isso se reflita na forma como apresentará o povo indígena para seus alunos não apenas no 19 de Abril, mas durante todo o ano letivo
Música : SOUTO MC - RETORNO
Quanto tempo de nós foi tirado?
Quanto tudo que é nosso é negado?
Anos após ano tentaram
Mas olha pra nós, todos retornaram
Quanto tempo de nós foi tirado?
Quanto tudo que é nosso é negado?
Anos após ano tentaram
Mas olha pra nós, todos retornaram
Filhos da terra, de volta pra terra, todo canto do mundo é seu lar
Nossa alma não grita mas berra, nosso canto é guerra que atravessa rio e mar
Não vão mais roubar, não vão mais ousar
Da história de um povo se apropriar
Cocar não é enfeite ou brinquedo,se exige respeito,repensa antes de usar
Não deixamos de ser o que somos por conta de um celular
São mais de 500 anos, que eles causam danos visando apenas cédulas
Territórios originários e não fundiários, herança viva secular
Crença nas criança, o levante avança, trazendo vitória incrédula
Querendo a pintura, querendo o sagrado
Querendo a cultura, querendo o legado
Não somos só figura pra ser estudado
Somos ruptura de colonizados
Feitos de bravura, não domesticado
Força que perdura, não catequizados
Eles captura, traz escravatura, e nós é que tem que ser civilizado? (não)
Dispenso elogio "exótica", homenagem racistas patética
Nossa presença além de estatística
Lógicas sexistas antiética
Sem tempo pra ser didática
Queremos a prática enfática que tanto se fala
Ser ver por completo e não só objeto de sala de aula
Entre dor e trauma, história e drama
Carrego na alma das histórias a trama
De raiz nordeste como cajarana
Ceará agreste sem a raça ariana
Somos suçuarana, somos Sagarana
Na saga em busca e nada ofusca
A volta pra terra de Pindorama
(Pindorama)
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