Qual é o verdadeiro papel
da escola? Para que ensinar?
Começo
esta reflexão citando José Pacheco “Ensinar é muito mais que transmitir
conhecimento, ensinar é transmitir valores” e quais valores são estes?
O
verdadeiro papel da educação não é o de preparar cidadãos apenas para conclusão
de etapas, ciclos, grades escolares etc, e nós educadores éticos sabemos disto,
o verdadeiro papel da escola, vai muito mais além de seus muros, lousas, novas
tecnologias e suas salas de aula. O verdadeiro papel da escola e dos educadores
éticos é o de provocar mudanças e transformações sociais, é o de tentar
reanimar consciências inertes e torna-las não apenas pessoas mais inteligentes mais
sim pessoas críticas, pois a inteligência se mede de várias formas.
A
escola tem o papel de transformar e não de formar, a escola tem o papel de
semear ideias e saberes que possam ser úteis para um bem comum e não apenas
estimular a aprendizagem.
A
escola deve andar de mãos dadas com a comunidade e vice-versa, a escola deve
estimular práticas e provocar a comunidade para que a mesma acorde e veja seu
papel de responsabilidade na transformação social, uma não vive sem a outra.
Novas
transformações sociais a partir da sala de aula, devem ser o papel principal da
escola do século XXI e naturalmente aplicar projetos que estimulem a tais
mudanças, projetos estes que devem fazer parte sim dos Planos políticos
pedagógicos de cada instituição de ensino. Porém sabemos que não basta ser
lindo no papel e citando Paulo Freire “ É fundamental diminuir a distância
entre o que se diz e o que se faz, de tal forma que, num dado momento, sua fala
seja sua prática”. Nada mais claro que esta frase com tamanha profundidade para
resumir o contexto desta pequena análise.
Por
isso, a escola do século XXI deve se atentar para o futuro sem esquecer o
legado dos grandes educadores brasileiros, a escola deve sim promover
transformações sociais, arrancar as paredes, grades e portões. Será então o
princípio da mudança.
A
educação brasileira requer novas linhas de pensamento e práticas mais eficazes,
deixando de lado discursos utópicos e que servem apenas para cansar a mente e
fazendo-nos bocejar. A educação brasileira deve se atentar a novas práticas,
porém suleando (Sulear) suas ideias e consequentemente relembrar os exemplos e
legados deixados por inúmeros educadores brasileiros que lutaram pela
transformação social, educadores estes que sempre estiveram muito à frente de
seu tempo, com suas práticas e metodologias que rendem frutos até os dias de hoje.
Devemos olhar novamente e reaprender não com os de fora, mais com o que
tínhamos de melhor e não tentar buscar uma receita milagrosa no Norte. Em seu
livro “A pedagogia da Esperança” Paulo frente nos deixa bem claro esta
recomendação, para que ressuscitemos nossos valores éticos e morais em
preservar o nosso melhor, em acreditar em nosso potencial.
Porque
insistir em implementar novas metodologias ou ideias somente porque as mesmas
estão na moda do outro lado do planeta? Se deu certo lá, ponto para eles, isso
não quer dizer que devemos copiar e sim tentar criar ou reviver aquilo que no
passado foi deixado de legado para nós educadores brasileiros, basta pesquisar
a história da educação e reconhecer Anísio Teixeira, Darcy Ribeiro, Paulo
Freire, Maria Nilde Mascelllani, Florestan Fernandes, Antônio Candido,
Villa-Lobos, Lauro de Oliveira Lima, Nise da Silveira, Nise da Silveira, Dorina
de Gouvêia Nowill, Rubem Alves, Bertha Lutz e tantos outros transformadores
sociais que deram suas vidas em prol de um ideal maior.
Agora
é o melhor momento para que estas mudanças aconteçam e não podemos perder mais
tempo com discursos infundados e extremamente longos, não podemos perder mais
tempo em colocar estas recomendações para que talvez ainda possamos reverter
esta tragédia anunciada.
O
campo está aí, as sementes estão lançadas, somos os semeadores e os
cultivadores, não podemos nos omitir diante do nosso verdadeiro papel na
sociedade, porque somos a última linha de defesa entre a ética e o caos.
Texto
Prof Marcos L Souza
13.11.2017
LIPITIPI®. Artigo publicado por Gi Carvalho em . Atividades pedagógicas para turmas de 1° ao 5° ano Atividades e planos de aula para professores do Fundamental I. Classificação: 5
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